sábado, dezembro 13, 2008

Uma piquena versão dos lusíadas, adaptada ao epopeico bloqueio de estradas feito pelos camionistas em junho (lembram-se...?)

Os Camioníadas



Os camionistas com coletes assinalados,
Do parque TIR de são Domingos de Rana,
Por camiões nunca d'antes desviados,
Secaram bombas, inda além da Taprobana,
Em Piquetes e Paragens forçadas,
Mais que prometia a força humana,
Entre vias bloqueadas edificaram,
Novo caos, que tanto alimentaram.

E também das memórias odiosas,
Daqueles, que foram dilatando
o diesel, e a sem chumbo viciosa,
De Faro a Braga, andaram devastando.
E aqueles que por desvios valerosos,
Se vão da paragem libertando,
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto ajudar o engenho e a arte.

Cessem de Cabral e de Gama,
As navegações grandes que fizeram,
Cale-se de Otelo e de Maia,
A fama das ocupações que tiveram,
Que eu canto o peito ilustre Camionistano,
A quem Sócrates e Lino obedeceram,
Cesse tudo o que a CGTP antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

E vós, grevistas meus, pois criado
Tendes em mim um novo engenho mordente,
Se sempre em verso humilde não mediatizado,
Foi de mim vosso bloqueio docente,
Dai-me agora um som alto e animalesco,
Um estilo corriqueiro e fluente,
Porque de vossas estradas, a Polícia ordene
Que não travem os que não fazem greve.

terça-feira, novembro 25, 2008

sexta-feira, abril 11, 2008

Descartes! Cartes!

"Penso, logo existo" - René Descartes

"Penso, logo exílio" - um soviético

"Penso, logo desisto" - um pessimista

"Penso logo" - um alentejano

terça-feira, março 18, 2008

Era uma anedota tão má, tão má, tão má; que batia nas anedotas mais pequeninas.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

sábado, janeiro 26, 2008

antiga-plicação da posta de baixo

Eu gosto muito desta música do Ricardo Azevedo. É boa para se ouvir enquanto se anda de mota, porque assim dá para abanar o capacete. Porém, há umas peculiaridades que vale a escama sublinhar (este postal sem imagem foi escrito para crocodilos e peixes, para variar, e não para galináceos e outras aves de penas). A primeira é muito engraçada. Se virem, o Ricardo Azevedo começa por dizer que sonhou que o mundo estava a acabar. Mais adiante, lá pelo segundo 28, ele diz que vai fintar qualquer obstáculo para concretizar os seus sonhos! Ora, os sonhos do Ricardo Azevedo assustam-me, principalmente se ele diz que os quer concretizar. Ena, pá. Se eu brilhasse, era mesmo brilhante. Atentem (reparem que "atentem" é uma palavra boa para se usar nos Domingos e dias feriados) ainda na rima fantástica do segundo 51, que é:
- Um pequeno T2, onde podemos viver os dois...!
Muito bom. E ele ainda diz que só lhe falta arranjar um emprego para poder estar com ela. Ela deve ser mesmo trabalhadora. Hã?!? Mas assim já não é preciso o T2 para eles viverem os dois... eles encontram-se é no trabalho! O melhor mesmo é esquecer a letra. Esta música só serve para se assobiar ou, no máximo, para ser cantada no Anidro.

a explicação da anidrez desta música está no post de cima, só porque a verdade vem sempre ao de cima (e não por eu não saber pôr texto no filme, bahh)

sexta-feira, janeiro 25, 2008